Dando continuidade à programação da manhã desta segunda-feira (1º), o 77º Encontro de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Pernambuco promoveu a mesa “Saúde Digital: A Inteligência Artificial na Saúde Pública”, reunindo secretários municipais, gestores técnicos e representantes de diversos territórios do Estado para discutir um tema que já transforma o cotidiano das equipes de saúde.

A mesa foi coordenada por Iêda Priscila Vasconcelos Campos, secretária de saúde de Bezerros, e contou com as apresentações de Álvaro Farias Pinheiro, Diretor Geral de Inovação e Inteligência Artificial em Saúde da SES-PE, e Tassia Fernanda Carneiro de Andrade, Gerente de Telessaúde da Secretaria de Saúde do Recife. A participação ativa dos presentes demonstrou que a inteligência artificial já faz parte da rotina de muitas gestões, fortalecendo processos, melhorando fluxos de informação e trazendo novas possibilidades para o cuidado em saúde.

Ao relatar a relevância do momento, Álvaro Farias Pinheiro destacou o avanço e a necessidade de adoção da IA pelos municípios. “É uma realidade que já veio pra ficar. Espero que tenham saído com vários insights. Eu fiquei muito satisfeito, primeiro pelo público, todos os secretários de saúde municipais, com interesse de entender o que é inteligência artificial. É muito importante que eles percebam a necessidade de usar essa tecnologia. Então, eu não tenho como sair aqui mais realizado, dada a missão de apresentar o que é inteligência artificial e perceber que todos eles, pelos dizeres, pelas palavras, pelas perguntas, estão conscientes da necessidade de usar essa ferramenta pra tornar o trabalho mais eficiente, mais efetivo e alcançar a efetividade da saúde de cada município”, disse.

A mesa trouxe também experiências práticas já aplicadas no Recife, apresentadas por Tassia Fernanda Carneiro de Andrade, que ressaltou o avanço tecnológico como ferramenta de qualificação do cuidado. “A gente trouxe aqui a experiência de Recife no uso de ferramenta de educação especial, aplicada à saúde, buscando estimular os municípios do que é possível fazer na saúde, os recursos que têm disponíveis: informatização dos pontos assistenciais, prontuários eletrônicos, movimentar os profissionais no letramento digital, no bom uso dos atendimentos clínicos e uma série de outras questões, como a qualificação também. Então foi bem rico estar com o professor Álvaro aqui e dividir um pouco da nossa experiência e estimular e incentivar os municípios a seguirem o mesmo”, contou.

Encerrando a mesa, a coordenadora Iêda Priscila Vasconcelos Campos reforçou o impacto do debate para a gestão municipal. “Mesa bastante produtiva, uma manhã enriquecedora, com dois profissionais que trazem para a gente a transição da inteligência artificial no Sistema Único de Saúde e a aplicabilidade dela na ponta, seja no controle de dados, seja no mapeamento de vulnerabilidade da população, gerenciando ainda mais o nosso sistema único de saúde”, finalizou.

Com a oportunidade, a mesa consolidou a percepção de que a inteligência artificial já está incorporada ao cotidiano da gestão pública de saúde, ampliando capacidade analítica, eficiência e qualidade dos serviços ofertados à população.