É na atenção primária à saúde (APS), a porta preferencial de entrada do usuário no Sistema único de Saúde (SUS), onde a maioria dos problemas de saúde podem ser resolvidos ou encaminhados para tratamento na rede de atenção especializada, que compõem os níveis secundário e terciário. E foi com esse tema que uma série de especialistas, coordenados pela Secretária de Saúde de Serra Talhada e membra técnica do COSEMS-PE, Lisbeth Lima, discutiram com vários outros secretários de saúde a importância do tema na tarde desta quinta-feira (18), durante o XIV Congresso do COSEMSPE que está sendo realizado na FACAPE, em Petrolina.

Para o Diretor de Programa da SAES do Ministério da Saúde, Aristides Oliveira, é muito importante esse momento de discussão para  tratar sobre a organização da atenção primária e especializada na sua ampliação. “O Ministério da Saúde acabou de lançar um novo programa chamado Programa Mais Acesso Especialistas que é de fato para colocar mais recursos para a atenção especializada com o objetivo de impactar diretamente na fila dos pacientes que vivem sofrendo por conta da forma que a gente tem gerido essas filas”.

Ele reforçou ainda que o objetivo é realizar os pagamentos em base de procedimentos. “O Governo Federal vem inovando, inclusive dialogando e trocando experiências internacionais para que a gente consiga mais integralidade e resolutividade na nossa rede. Discutir os problemas e a partir desse momento tripartite a gente consiga apontar para o futuro e ter as saídas importantes para nossa população”, finalizou Aristides.

O palestrante e Secretário Municipal de Saúde de Alagoinha (PE), Bruno Henrique Araújo, reforçou em sua apresentação as figuras-chave no processo de Implantação do PlanificaSUS e destacou os resultados da reorganização da Atenção Primária à Saúde em Alagoinha, onde inclusive foi o primeiro município a ser beneficiado com o projeto Rede de Telecardia de Pernambuco.

Enfatizou ainda que desde que começaram a estratificação, conseguiram identificar melhor quais pacientes precisam de acompanhamento prioritário. “Antes, muitas vezes, aqueles que mais nos procuravam ou eram mais frequentes na unidade acabavam recebendo mais atenção, mesmo que toda a área estivesse sendo atendida. Há um trabalho multiprofissional interdisciplinar aonde conseguimos diminuir os impactos de possíveis ameaças da rede”, pontuou.

A Diretora Geral de Atenção Primária da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, Eline Mendonça, também participou da mesa e destacou as discussões pertinentes já que agora há uma estruturação da política especializada. “A gente vem investindo na Secretaria Estadual de Saúde com o processo de planificação que hoje é uma metodologia de trabalho para facilitar a comunicação da rede de uma maneira que precisa ser bem construída. Parecem espaços distintos, mas estão entrelaçados. O fortalecimento da atenção primaria impacta diretamente na qualidade dentro da oferta da especializada e contrário também é verdadeiro. A população só tem a ganhar e o direito a saúde garantido como tem que ser”.