Na última sexta-feira (27), o presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde de Pernambuco (COSEMS-PE), Artur Amorim e o representante do núcleo, Dr. Humberto Antunes, participaram da reunião da Rede Alyne, promovida pelo Ministério da Saúde, na sede da Superintendência Regional do Ministério da Saúde, em Recife. A reunião ocorreu de forma híbrida, com participação presencial e por videoconferência, contou ainda com a presença de outros membros do Ministério da Saúde. O encontro teve como objetivo apresentar dados e ações relacionadas à nova política de assistência materno-infantil no Brasil.

Na próxima sexta-feira (4), os detalhes sobre os investimentos, perspectivas e desdobramentos dessa política serão discutidos em uma reunião na sede do COSEMS-PE, com a presença de coordenadores, apoiadores e representantes do Ministério da Saúde e do Conselho, para garantir a disseminação das informações a todos os envolvidos e chegar de forma viável aos municípios pernambucanos.

“Essa discussão faz parte de uma política antiga que foi extensa e debatida, sendo aprovada para 2023. Ela aborda todas as fases do atendimento à gestante, desde o diagnóstico com o beta HCG, cujo valor foi reajustado, até o pré-natal, o parto e o puerpério. A política contempla o acompanhamento integral da mãe, desde o início até o fim do processo”, explicou o Dr. Humberto Antunes, integrante do núcleo do COSEMS-PE.

O principal objetivo da Rede Alyne é garantir o cuidado integral à gestante, reduzindo a mortalidade materna e infantil. Esse novo programa do Governo Federal reestrutura a antiga Rede Cegonha no sistema público de saúde, com a meta de reduzir em 25% a mortalidade materna até 2027. O programa homenageia Alyne Pimentel, que faleceu grávida de seis meses devido à falta de assistência adequada no município de Belford Roxo (RJ) em 2002. O caso de Alyne foi o primeiro no mundo em que um país foi condenado por uma corte internacional por morte materna evitável, reconhecida como uma violação dos direitos humanos das mulheres à maternidade segura.

Entre as inovações da Rede Alyne está a implementação de um plano integrado entre as maternidades e a Atenção Primária à Saúde, com a qualificação das equipes de Saúde da Família, que são a principal porta de entrada no SUS. De forma iniciada, o programa também amplia o Complexo Regulatório do SUS com equipes especializadas em obstetrícia. Isso visa acabar com a peregrinação das gestantes em busca de atendimento, como ocorreu com Alyne, garantindo vagas prioritárias para as mulheres que precisam de suporte no posicionamento para as maternidades.