Oficina reforça a integração dos municípios pernambucanos com o digital

Entre as palestras, o público prestigiou uma apresentação sobre a rede nacional de dados em saúde e das plataformas do Meu SUS Digital. Com a evolução da saúde digital nos últimos anos no Brasil, o governo federal vem promovendo uma continuidade do cuidado em paralelo aos recursos de tecnologia dentro do Sistema Único de Saúde. O coordenador de padrões de informática e saúde do Ministério da Saúde, Robson Matos, falou sobre o desenvolvimento da rede e das plataformas que envolvem as discussões de modelos e conteúdos informacionais, a entrada desses dados na rede por meio da integração de sistemas de informação e o compartilhamento dessas informações com todos os atores do processo: gestores, técnicos e pacientes.

Para tornar essa realidade mais próxima de todo território, o governo federal tem feito um esforço, para através do diálogo, entender as necessidades especificas de cada região. Aqui no congresso, esse movimento ficou ainda mais claro, já que o Ministério da Saúde conta com o apoio do CONASEMS e do COSEMS-PE que atua como ponte entre os governos e os municípios. Esse encontro em Petrolina, ascendeu ainda o debate acerca dos questionamentos: O que o SUS precisa?  O que é a necessidade do cidadão? O que é necessidade para o profissional de saúde? O que é necessidade para os gestores estaduais e municipais? As respostas são o caminho para direcionar as políticas para o que mais emergencial e na saúde digital não faltam respostas. Apesar da Rede Nacional de Dados está completando apenas 4 anos, ainda há muito trabalho a ser feito e esse diálogo proposto pelo COSEMS é fundamental para priorização dessas demandas.

Para Robson de Melo Matos, Coordenador de Padrões de Interoperabilidade da DATA SUS do Ministério da Saúde, Pernambuco é um estado que está em um patamar avançado quando do Programa SUS Digital. “100% dos municípios de Pernambuco aderiram ao programa. Em relação a conectividade e conexão com o Meu SUS Digital, cerca de 40% dos municípios aderidos. Então, a gente ainda tem trabalho a fazer, mas esse tipo de iniciativa é muito importante esse contato próximo com as secretarias tanto estaduais como municipais, trazer o conhecimento do que se está sendo feito e reforçar o incentivo a adoção dessas tecnologias para apoiar o desenvolvimento da saúde digital no país”, enfatiza Matos.

O líder da expansão da rede nacional de dados e saúde das plataformas SUS Digital, do Ministério da Saúde, Josélio Queiroz, falou sobre a satisfação de poder contribuir com o tema durante o congresso realizado em Petrolina. “Trouxemos os avanços da Rede Nacional de Dados de Saúde, a federalização da RNDS em que o estado de Pernambuco é um dos projetos piloto, isso vai proporcionar que os gestores recebam em tempo real as informações que estão disponíveis. Trouxemos as oportunidades do SUS Digital  Profissional, uma plataforma que disponibiliza os dados para o profissional de saúde, independente do território, independente dos níveis de atenção, proporcionando assim, a transição e continuidade do cuidado. E por fim, ressaltamos a importância do uso do Meu SUS Digital, como porta de entrada para o cidadão na saúde digital para qualificar e resgatar a importância dos indivíduos como protagonistas no âmbito de sua saúde”, celebra Queiroz.

O gerente de atenção à saúde do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Aristóteles Cardona, também foi um dos palestrantes. Ele trouxe a experiência de sucesso da EBSH, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que administra 41 hospitais universitários no país inteiro, inclusive o HU/Univasf. Ele compartilhou com o público sobre o sistema, o aplicativo de gestão AGHU, que tem desde informações dos prontuários dos pacientes que estão internados na unidade, resultados de exames, vários dos elementos, das informações assistenciais. Nele também estão presentes os dados de gestão, como por exemplo, estoque de medicamentos, de insumos, que devem ser monitorados, a app reúne todas as informações que são necessárias para gerar dados consolidados, como por exemplo, o número de consultas e atendimentos que são realizados mensalmente. “A partir de grande banco de dados é possível estudar e entender como melhorar o atendimento, como fazer pesquisas acadêmicas, inovação científica, porque tudo que é produzido no HU, a gente tem consolidado no aplicativo”.

Cardona acredita que a tecnologia é uma grande aliada da saúde. E vai além, afirma que ao contrário do que muita gente pensa, esse recurso vem para facilitar a vida de gestores e profissionais, otimizando tempo e promovendo qualidade de vida no trabalho, possibilitando assim, que esses profissionais possam se dedicar mais a cuidar das pessoas, que afinal de contas é o grande objetivo.

A coordenação da discussão foi feita pelo vice-presidente do COSEMS-PE, Elídio Moura e teve como apresentadores ainda a consultora técnica Saúde Digital do CONASEMS, Marizelia Moreira e o Gerente Geral de Saúde Digital da Secretaria Municipal de Saúde do Recife, Gustavo Godoy.